O Programa Novo Rio Pinheiros anunciou os resultados das ações que o Governo do Estado de São Paulo está realizando para despoluir o rio, desde 2019. De acordo dados de janeiro da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente, houve uma melhora importante na oxigenação e a redução da matéria orgânica nas águas. Em junho de 2019, o governador João Dória prometeu despoluir o rio até 2022.
Dos 13 pontos de monitoramento do Rio Pinheiros, 11 já apresentaram o chamado DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio) abaixo de 30 mg/l, quantidade mínima para que a água não tenha odor, melhore a turbidez e permita vida aquática.
Os pontos que registraram a melhor qualidade estão próximos às pontes Eusébio Matoso e Jaguaré, na Zona Oeste da capital paulista. Em seguida estão os trechos das pontes Cidade Universitária, Nova Morumbi e Socorro.
Há 3 anos, o governo estadual vem investindo em uma ação de saneamento básico para reduzir o esgoto lançado nos afluentes do Rio Pinheiros. Segundo a Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente, até agora mais de 554 mil imóveis já foram conectados à rede de esgoto, evitando que toda carga orgânica desses locais chegasse ao rio.
Ações de limpeza também fazem parte do Programa Novo Rio Pinheiros e já removeram mais de 62.753 toneladas de lixo entre garrafas pet, bicicletas, pneus e plásticos que são jogados nas águas de diversas formas. Ainda há o trabalho de desassoreamento que já removeu mais 687.456 m3 de sedimentos do fundo do rio.
Próximos passos
Em nova etapa do Programa Novo Rio Pinheiros estão sendo construídas unidades de recuperação da qualidade das águas que ajudarão a reduzir o esgoto que chega ao rio. Este esgoto vem principalmente de áreas informais e/ou locais onde não há viabilidade para passagem dos coletores de carga orgânica.
Serão cinco Unidades Recuperadoras (URs) instaladas próximo aos córregos: Jaguaré, Pirajussara, Antonico, Cachoeira e Água Espraiada. As obras devem ser concluídas até o segundo semestre de 2022 e irão retirar 1.560 litros de esgoto por segundo.
Impactos na Represa Billings e no Rio Tietê
As medições de esgoto doméstico que chegam por meio de afluentes ao Rio Pinheiros também tiveram redução de 45 para 26 toneladas/dia. Com menos carga orgânica no Pinheiros, o volume de esgoto carregado para a represa Billings e o Tietê também diminui.
A partir de 2020, com o programa de despoluição, a Cetesb ampliou o número de afluentes monitorados de seis para 18. Se considerarmos apenas as cargas orgânicas dos seis principais afluentes, os valores médios ficaram em 38 no ano de 2019, 39 em 2020 e 21 toneladas/dia em 2021, respectivamente.
Via CicloVivo.